Quando finda o dito ”inverno amazônico”, pode contar que os dias quentes estão a caminho. Se à sombra, a temperatura beira os absurdos 40 graus, pense em quão cruel pode ser a vida sem proteção.
Esse retrato mezzo-exagerado, mezzo-realista é a reprodução exata do inferno que Belém vira nesses dias de sensações (?) térmicas elevadíssimas. É nesse momento que o cardápio (o meu, que fique bem claro) muda radicalmente: saem as sopas, as comidas pesadas. Entram saladas, sucos, refrigerantes (é uma vergonha, eu sei) estalando de gelados. Ah, mas abundam os vinhos verdes, geladíssimos!
Nessa reformulação da “despensa”, encontrei um pesto trufado, presente do Marcelo, um amigo gourmet apaixonadíssimo e apegado a requintados ingredientes. “Todos sabem do meu ciúme, mas quero te dar de presente esse aqui. Saberás usá-lo melhor que eu”. E emocionada, levei meu pesto trufado para casa. Na cabeça, mil ideias, mas esqueci dele, confesso. Até promover a tal arrumação nos meus armários.
O pesto deveria ser item obrigatório às mesas. Eu amo. Amo mais ainda se ele vier com uma salada caprese, minha dica para dias quentes.
Basicamente você precisa de tomates, muçarela* (estou me acostumando...) de búfala e manjericão. Se você não tiver muçarela de búfala, vá de queijo minas frescal. Gosto de alternar as fatias de queijo e tomate, regando-as com pesto. Ou corte tudo em cubinhos e envolva com o pesto.
Vão por mim. A felicidade mora aqui.
* O duplo "z" de palavras italianas, vira "ç" em Português.
